O país passou por um ano muito bom no que diz respeito a novas construções. Todas as áreas, recebem cada vez mais investindo (público ou privado) para se reestruturar. Pode parecer um pouco vago usar o termo “todas as áreas”, e é inegável que muitas delas precisam receber muito mais atenção do que vem recebendo ultimamente. Mas pensando nas grandes evoluções em que o Brasil vem passando, é muito interessante traçar um comparativo desses últimos 10 anos passados.

A quantidade de eventos importantes em que estamos recebendo (principalmente no núcleo esportivo, como copa do Mundo de vários esportes, Pan-americano, etapas mundiais de grandes modalidades) e que ainda vamos receber, vem fazendo com que o número de novas obras cresça cada vez mais. E apesar de todos os gastos – alguns bem absurdos é verdade, o resultado já começa a ser sentido no dia a dia dos trabalhadores, por intermédio de melhores no transporte público, e também no trânsito das principais vias das maiores cidades brasileiras.

Com esse tanto de obras, também surgiram novas vagas de emprego dentro do ramo da construção, mas os problemas com a falta de segurança também aumentou bastante. E se engana quem acha que a grande culpa disso, está sobre o comando das empresas que não estão nem aí para o funcionário e oferecem condições abaixo do estabelecido por LEI, para que os colaboradores possam trabalhar em segurança.

Mas a grande complicação fica por conta da displicência dos profissionais, que já trabalham no meio há longos anos, e por isso acham que não precisam se equipar da maneira correta. O que muitos desses cabeças duras não param pra pensar, é que os equipamentos que são usados para as obras evoluíram bastante, e os cuidados necessários para todas as suas atividades profissionais se alteraram também.

Ponto de destaque

Mas os empregadores também tem sua parcela de culpa em tudo. Como por exemplo, a Copa que aconteceu no meio do ano em nosso país e que será sediada no Catar em 2022. Nesta última edição (2014), aqui no Brasil, presenciamos uma grande lista de casos de acidentes graves que acabaram por interferir no andamento das obras, sem falar na fatalidade em que alguns deles tiveram. E se o número de acidentes aqui já foi assustador, o que dizer da estimativa que os árabes fizeram, onde o número de mortes é esperado na casa dos incríveis 4 mil trabalhadores. O maior motivo disso? Condições desfavoráveis de trabalho, onde os profissionais não recebem os EPIs necessários para obras e também pela falta de preparo dos locais em se adaptar a forte condição climática da região.

O ponto que precisa ser trabalhado, é que hoje isso aconteceu em uma grande obra, onde é muito mais fácil de acontecer problemas. Mas as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelo pedreiro ou chefe de obras não é nada muito distante dessa realidade, e se hoje nada aconteceu com ele no serviço, os mesmos riscos estarão a espera dele no dia seguinte. O ideal é o funcionário obrigar o seu chefe a fornecer todos os equipamentos necessários, o que não terá problemas pois ele poderá solicitar a lei se necessário. O patrão também deve forçar seus empregados a usarem os equipamentos de proteção, pois caso aconteça alguma fiscalização e as coisas não estiverem dentro do padrão regularizado, ele também pode ter grandes problemas.